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29 outubro 2010

Para casar sem ir à falência

Especialistas em finanças dão dicas para não quebrar com a organização do casamento

Cintia Costa, especial para o iG São Paulo | 08/10/2010 17:28



Festa de casamento, lua-de-mel, casa nova... Fazer caber no bolso os gastos que envolvem o casamento é um dos principais desafios dos noivos. E a maneira como administram seu dinheiro nesse período pode definir como será seu futuro financeiro.

Reunimos dicas de três especialistas em finanças para ensinar o casal a superar este primeiro desafio econômico e se preparar para uma vida financeira saudável depois de casados.

Um novo ponto de vista

“Casamento é um negócio. Se não fosse, não teria um contrato”, diz Andre Massaro, criador do programa integrado de desenvolvimento financeiro MoneyFit. A afirmação pode parecer pouco romântica, mas, se pensarmos bem, o casamento é, realmente, muito parecido com uma empresa.

Depois de dizer “sim”, o casal vira uma família e passa a ter de gerir os custos da nova vida juntos. Além dos gastos regulares da casa, virão novos objetivos, como viagens, compra de imóvel, troca de carro, chegada dos filhos e até aposentadoria. Tudo isso pode ser visto como empreendimentos, que, assim como nas empresas, precisarão de planejamento.

Expectativas alinhadas

O primeiro passo é conversar sobre o que cada um sonha para o grande dia e para a vida depois.
“Alguns casais tem condições de fazer uma festa extravagante sem que isso impacte suas finanças depois do casamento”, explica Andre Massaro. “Porém, quem se endivida nesse processo começa a vida de casado engessado”.

Se quiserem um casamento mais caro, isso pode acarretar alguns sacrifícios, como adiar a data ou diminuir as saídas de fim de semana. Também pode significar ter de adiar planos como comprar um imóvel ou ter filhos. Avaliem juntos do que vale a pena abrir mão para alcançar seu objetivo.
Mas lembrem-se: “a vida não deve ser feita de sacrifícios, mas sim de recompensas. Se todo esforço que o casal fizer resultar em grandes conquistas, a vida terá um verdadeiro sentimento de gincana”, ensina Gustavo Cerbasi, autor do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Editora Gente, 2004).

Definam o orçamento

Alinhadas as expectativas, é hora de definir uma meta de valor a ser poupado, que será seu orçamento para o casamento. Ao mesmo tempo, somem o quanto vocês podem poupar do salário de cada um por mês, multipliquem pelo número de meses que faltam até a data. Considerem também a verba que receberão de presente de familiares, se for o caso.

Esse valor deverá ser seu Norte quando estiverem cotando serviços para a festa. É preciso manter os pés no chão para não cair na armadilha de assumir gastos maiores que seu orçamento.

Disciplina para poupar

Regra número um para quem está juntando dinheiro: não espere ver quanto sobra no fim do mês. Quando se está poupando para um objetivo, é preciso disciplina.

“O casal precisa ter uma meta de valor mensal e se comprometer com ela, por mais que passe aperto um mês ou outro”, ensina Fernando Montanari, responsável pelo homebroker da corretora Linktrade. “Se deixar pra ver quanto sobrou, nunca vai conseguir atingir seu objetivo”.

O segredo é “se pagar primeiro”, diz Gustavo Cerbasi. “Assim que o dinheiro entrar na conta, o casal deve garantir que o valor previsto para a poupança seja realmente aplicado”, explica.

Para isso, é preciso disciplina. Dica? A chamada aplicação programada funciona como um débito automático: vocês deixam agendado no banco uma data para que o dinheiro seja transferido da conta corrente para uma aplicação de sua escolha, como a poupança, por exemplo.

Precaução para investir
Fazer o dinheiro crescer no período dos preparativos é uma ótima idéia, mas é preciso ter precaução.
Segundo Fernando Montanari, a verba do casamento não deve ser aplicada em renda variável, como ações, por envolverem risco. Como há uma data certa para resgatar o investimento, caso o mercado sofra uma queda nos meses antes do casamento, o casal não tem a flexibilidade de esperar uma nova alta e perderá dinheiro.
A melhor opção dos noivos é a renda fixa. A mais conhecida aplicação é a caderneta de poupança. Mas existem muitas outras, com diferentes rendimentos: CDB, CDI, títulos da dívida pública etc. Como escolher a melhor?
Andre Massaro dá a dica: cultivem o interesse por finanças. Sites como o Meu Milhão, da Linktrade, o da MoneyFit, e até o da Bovespa mantém áreas educativas, com artigos e dicas de cursos gratuitos para quem quer aprender mais sobre o assunto.
Assim, poderão conversar com o gerente do seu banco de igual para igual e analisar as opções de acordo com os interesses de vocês.
Gastos sob controle
“Mais do que nunca é importante a estratégia do casal estar alinhada”, diz Andre Massaro. “Controlar gastos é um ponto fácil de brigas e confusão”.
Estabeleçam, juntos, limites de gastos e cotas para gastar com lazer, alimentação, roupas etc. Por mais chato que seja, esse acordo é o que garante a tranqüilidade do casal na preparação do casamento e no futuro.
Pensem no “macro”
Não esqueçam que, depois da festa e da lua-de-mel, vem a vida de recém-casados. No jargão econômico, isso se chama pensar no cenário “macro”. É enxergando sempre um pouco à frente que o casal vai conseguir traçar seus planos e alcançar seus objetivos.   

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