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03 dezembro 2011

De noivas a empresárias

Depois de viver a organização de um casamento, elas decidiram apostar no ramo e fizeram dele sua profissão

Fabiana Schiavon, especial para o iG São Paulo | 22/11/2011 08:29


Mariana Melo trabalhava com eventos e virou sócia de Georgia, sua assessora: casamentos envolvem mais emoção

Os brasileiros gostam tanto de casar que dizem “sim” várias vezes. Segundo o IBGE, em seis anos, aumentou em 50% o número de pessoas que optaram pelo matrimônio mais de uma vez. Segundo José Luiz de Carvalho Cesar, diretor e organizador da Expo Noivas & Festas, no ano passado o mercado de casamentos movimentou cerca de R$ 10 bilhões. A expectativa é que 2011 feche com esse número 10% maior. Vera Simão, da Abrafesta - Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais, calcula uma soma de R$ 12 bilhões para o ano.

Nem é preciso incluir mais zeros na conta para perceber que o casamento é um ótimo negócio. Por isso muitas mulheres, depois de ralarem na organização da própria festa ou na de um parente próximo, acabaram investindo na área. É o caso de Cristina Nudleman, transformada em organizadora de casamentos depois de preparar a festa de sua filha, em abril deste ano.

Ela fez toda a pesquisa de mercado e selecionou fornecedores para seguir o orçamento. “Foi um ano e meio de pesquisas, publicadas no
blog Mother Of the Bride”, conta. Os posts fizeram tamanho sucesso que Cris decidiu fazer disso um negócio. “Com a aceitação do blog me dei conta que o que tinha para contar era muito bem aceito e existia uma demanda de mercado, pois as noivas são carentes de qualidade”.

A empresa organiza casamentos fora do Brasil, com festas personalizadas. “São as chamadas Wedding Destinations. Muitas noivas estão procurando outros destinos para realizar seu casamento no Brasil e no mundo”, conta.


Antes de entrar para o ramo, formada em história da arte, Cris trabalhou com moda por 15 anos, desenvolvendo coleções femininas. “O negócio está rentável e é uma liberdade poder fazer o que se gosta”, conta. Como Cris mora parte do tempo em Miami, também tem um bom acesso a grifes e centros de compras, com opções de boa qualidade e bons preços. “Também desenvolvi através das minhas viagens pelo mundo contato com profissionais que fazem casamentos no exterior”, conta.



Livia Colucci com a irmã Alana ao lado de modelos com vestidos da loja: inspiração para o negócio veio da experiência em busca do próprio vestido

 
De noiva a dona de loja

De fora do País também veio o estalo para a então noiva Livia Colucci. Livia se casou há um ano e meio. Formada em Moda, não se conformava como loja ou estilista algum conseguiam entender seu estilo. “Como a gente entendia de tecido, era meio chata”, conta. Ela decidiu, então, viajar para Nova York em busca do vestido perfeito, encontrado na loja da estilista Vera Wang.
Durante a prova, seu pai lhe deu a ideia. “Por que você não leva essa marca para o Brasil”? Na loja, ela já comentou que gostaria de trazer a coleção de Wang para o país. “Acabei levando a ideia a sério e a viagem valeu a pena”, conta.

Depois da incansável jornada, Livia resolveu investir no ramo com sua irmã, a estilista Alana Martinez Cordeiro. A loja White Hall foi inaugurada em 28 de junho nos Jardins, em São Paulo. Elas também comercializam vestidos da estilista filipina Monique Lhuillier, conhecida por suas rendas. Os modelos são lançados no Brasil em tempo real e quem prefere desenhos sob encomenda pode contar com a criação sob medida feita por Alana.

“Tem coração”

A referência sentimental é importante não só para as mulheres enquanto noivas, mas também para aquelas que decidem fazer da própria experiência um negócio. É o caso de Mariana Melo. Ela contratou a assessora Georgia Nog para fazer o seu casamento. Já noiva, estava decidida a voltar para a área de eventos. Propôs sociedade a Georgia antes mesmo de ter sua própria cerimônia, há um ano e meio. Hoje, elas são os nomes por trás da Toda de Branco. “Antes a gente pegava casamentos menores, minieventos. Agora, conseguimos nos dedicar a festas mais personalizadas, com mais detalhes, decoração mais criativa”, explica.
 
O último casamento organizado por elas teve como tema o rock, por exemplo. “O noivo tocou na banda e o brinde foi feito com cerveja, já que ele trabalha nesse setor. A cerimônia foi feita em uma arena 360º para as pessoas dançarem até o fim da festa”, conta. “Eu percebi que casamentos dão mais trabalho que eventos corporativos, porque são muito mais complexos. Mas eu precisava dessa emoção. Tem coração envolvido”.

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